Ludwig Boltzmann

(1844 - 1906) Físico e professor austríaco nascido em Viena, histórico por ter desenvolvido a teoria cinética de gases. Após doutorar-se em ciências físicas na Universidade de Viena (1866), tornou-se professor de física teórica em Graz, depois de ter sido assistente do físico esloveno Josef Stefan (1835-1893). Desta parceria resultou a demonstração da lei empírica chamada lei de Stefan-Boltzmann, segundo a qual um corpo negro, definido como aquele capaz de absorver a totalidade das radiações que incidem sobre ele, possui poder emissivo proporcional à quarta potência de sua temperatura e calculou a velocidade das moléculas (1869). Ainda lecionou matemática e física em diversas universidades, como as de Graz e Viena, na Áustria, e de Leipzig, na Alemanha. 

Morou em Munique (1891-1895) para a seguir voltar a Viena (1895). É considerado o grande gênio da teoria cinética dos gases, onde originalmente utilizou os princípios da mecânica para explicar os fenômenos da termodinâmica. 

Foi o fundador da Mecânica Estatística e o sistematizou do conceito de Entropia, tendência natural da energia a se dispersar e da ordem evoluir invariavelmente para a desordem, explicando o desequilíbrio natural entre trabalho e calor. Estabeleceu as relações entre entropia e probabilidade no campo das radiações.  

É considerado a fundador da física moderna , pois seus trabalhos forneceram as bases para o estudo estatístico de todos os fenômenos físicos em que ocorre intervenção do calor, isto é, que apresentam caráter termodinâmico, o que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da teoria cinética dos gases. A ele se devem os princípios básicos da teoria cinética dos gases e a determinação, a partir de valores experimentais, da constante dos gases perfeitos, para uma molécula isolada. Essa Constante de Boltzmann é definida como constante dos gases perfeitos para a determinação da massa de uma só molécula, e é representada por k, sendo igual a 1,38 x 10-16 erg por kelvin. Polemista vigoroso, de temperamento irrequieto, atravessava períodos de grande agitação. Numa de suas crises, suicidou-se em 5 de setembro (1906), em Duino, Itália.

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