(1901 - 1995)

Engenheiro químico norte-americano, nascido em Portland, Oregon, um dos
cientistas mais conhecidos pelo público no século XX. Estudou no Oregon State
Agricultural College (agora Oregon State University), onde se graduou em
engenharia química (1922) e obteve doutoramento no California Institute of
Technology, Caltech (1925), em Pasadena. Após estágios em Munique, Copenhague,
Zurique e Londres, voltou aos Estados Unidos para ser catedrático de química
na Universidade da Califórnia (1927-1931). Notabilizando-se por ser dotado de
uma imaginação altamente criativa, sua maior contribuição científica foi no
campo das ligações químicas através da hábil aplicação da teoria quântica,
desde que começou a publicar seus trabalhos (1928). Dirigiu os laboratórios de
química de Gates e Crellin (1936-1958). Reuniu os resultados de suas pesquisas
em um livro de grande repercussão no mundo científico: The Nature of the
Chemical Bond (1939), adaptando a mecânica quântica ao estudo químico de
átomos e moléculas, e publicou Uma teoria da estrutura e do processo de
formação de anticorpos (1940).
Também se destacou em pesquisas sobre
estruturas moleculares com publicações sobre proteínas, aminoácidos e
polipeptídeos. Suas ousadas experiências levaram-no também a descobertas no
campo da biologia molecular, como a identificação do defeito genético, nas
moléculas de hemoglobina, que causa a anemia falciforme, e foi também um dos
pioneiros no estudo da estrutura do ADN. Ganhou o Prêmio Nobel de Química
(1954) e o Nobel da Paz (1962) pela sua militância pacifista, foi perseguido
pelo macarthismo, seu empenho contra os testes nucleares e a publicação do
livro No More War! (1958), sendo o único a ganhar duas vezes sozinho o
Prêmio Nobel. Recebeu da URSS o Prêmio Lenin por sua militância pela paz
(1970).
Fundou o Instituto Linus Pauling de Ciências e Medicina, em Palo Alto,
Califórnia, no qual permaneceu trabalhando, mantendo-o com recursos
provenientes dos prêmios que tinha recebido. Também ensinou na Universidade de
Califórnia em Santa Barbara e associou-se ao departamento de química da
Stanford University (1969), onde se notabilizou por defender a teoria de que
altas doses de vitamina C poderiam prevenir ou curar resfriados comuns e outras
doenças. Mais tarde, foi demonstrado por pesquisas in vivo que o
organismo absorve no máximo 1g de vitamina C por dia, eliminando o excesso pela
urina.
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